segunda-feira, 15 de novembro de 2010

James Bond 007: Blood Stone


Mulheres lindas, cenários paradisíacos, carros poderosos e um homem que não tem medo de nada. Daniel Craig, atual encarnação do agente 007, cede sua imagem para os games do espião britânico pela segunda vez - aprimeira foi em 2008, com "Quantum of Solace". A nova aventura, "Blood Stone", foi desenvolvida pela Bizarre Creations, estúdio famoso por jogos de corrida, como "Blur" e "Project Gothan Racing".

Infelizmente, a direção da Bizare Creations parece ser o maior problema do jogo, que decepciona não por ser game ruim, mas por não ter o mesmo primor visto em outros títulos do estúdio. O mais estranho é que mesmo não sendo um jogo baseado em filme, ainda assim aparenta ser um projeto feito às pressas, mal comum aos games licenciados.

A pressa é evidente em todos os aspectos de "Blood Stone": dos gráficos que parecem ser do início da geração atual de consoles, texturas lavadas e em baixa resolução, sequências de animação que poderiam ser produzidas no PlayStation 2, sincronia labial nula e um roteiro mediano. Para completar, o jogo é curto e vai da tela inical aos créditos finais em apenas oito horas.

Por outro lado, há boas mecânicas de jogo que misturam "Splinter Cell: Conviction" e "Gears of War". Por grande parte do jogo, Bond usa suas habilidades para pegar os adversários desprevenidos, nocauteando-os com socos, chutes e enforcamentos. Ao executar esses movimentos, 007 pode fazer disparos letais em adversários mais distantes, bem ao estilo apresentado por Sam Fisher em "Conviction". Se o agente é descoberto é necessário se defender com coberturas como pilastras e caixas para eliminar os seus adversários, de forma similar aos brutamontes de "Gears of War".

A mecânica é divertida, ainda que os inimigos sejam tão espertos quanto uma porta e avancem na direção do espião mesmo sabendo do poder de seus ataques corpo a corpo. Falta sagacidade aos oponentes em procurar cercar Bond ou mesmo arremessar granadas para tirar o jogador de seu esconderijo.

A favor da Bizarre, é preciso admitir que a produtora acertou em cheio nas sequências de perseguição a bordo dos carros mais elegantes do mundo. Pilotar o Aston Martin DBS no leito de um rio congelado é uma sensação sem igual e uma das passagens mais desafiadoras de "Blood Stone".

As locações são as mais variadas possíveis, uma regra quando se trata de aventuras de 007. Há fases dentro de um cassino em Mônaco, a bordo de um iate nas ilhas Gregas e uma escavação em Istambul. O roteiro escrito por Bruce Feirstein, autor de "GoldenEye, pode não ser genial, mas consegue segurar o interesse do jogador. James Bond deve salvar o mundo de uma arma biológica. Clichê, mas com o toque de classe que só o smoking de 007 consegue transmitir.

Na porção multiplayer estão disponíveis as corriqueiras partidas mata-mata solo e por times e também uma disputa por objetivos no qual um lado deve atacar e o outro impedir o avanço. O jogo consegue rodar sem engasgos ao juntar 16 jogadores nas arenas baseadas nas missões da campanha principal. 


Rascunhado por Felka

Nenhum comentário:

Postar um comentário