Se nos anos 60 o Homem de Ferro havia sido um personagem instigante, cheio de contradições e inimigos vindos do Leste Europeu, na década de 70 a história não foi bem assim. Ao resolver os problemas cardíacos de Tony Stark e também graças ao gradual declínio da Guerra Fria, o personagem foi perdendo os bons roteiros de outrora, junto com o apelo que tinha com os fãs.
É claro que a Casa das Idéias não deve ser culpada pelo declínio do personagem na época. Com a riqueza e a inteligência de Stark, além de todo o avanço da medicina, é claro que uma hora ou outra o playboy encontraria uma forma de transplantar um coração artificial para seu combalido corpo. Seria até inverossímil acompanhar um personagem capaz de criar uma armadura avançadíssima, mas incapaz de criar uma cura para o grave problema que possuía. Porém, esta mudança tirou justamente um dos traços marcantes de todos os personagens de Stan Lee, que é possuir alguma fraqueza.
Demorou um bom tempo para que alguém da Marvel percebesse que era hora de mudar o status quo do personagem. Isso ocorreu só a partir de 1978, quando Micheline introduziu conceitos como espionagem industrial e brigas de interesses políticos nas histórias do personagem.
Na nova fase, Stark descobriu que a agência governamental S.H.I.E.L.D. estava agindo por baixo dos panos para adquirir parte do controle das Indústrias Stark, garantindo assim o desenvolvimento de armas para a agência. Em paralelo, o magnata Justin Hammer contrata inúmeros super-vilões para atacar tanto Stark quanto o Homem de Ferro. Em uma tacada final, Hammer assume o controle da armadura do Homem de Ferro e força Stark a matar um diplomata em frente às câmeras de TV de todo o mundo. Era o golpe que faltava para levar o herói para o abismo sem fundo que foi o álcool.
Na nova fase, Stark descobriu que a agência governamental S.H.I.E.L.D. estava agindo por baixo dos panos para adquirir parte do controle das Indústrias Stark, garantindo assim o desenvolvimento de armas para a agência. Em paralelo, o magnata Justin Hammer contrata inúmeros super-vilões para atacar tanto Stark quanto o Homem de Ferro. Em uma tacada final, Hammer assume o controle da armadura do Homem de Ferro e força Stark a matar um diplomata em frente às câmeras de TV de todo o mundo. Era o golpe que faltava para levar o herói para o abismo sem fundo que foi o álcool.
O fundo do poço!
A história mais representativa desta fase é a famosa Demônio na Garrafa, publicada originalmente em Invincible Iron Man #128 (novembro de 1979). A história, que foi brilhantemente desenhada porJohn Romita Jr., mostrava um Stark amargurado, que se sentia abandonado por todos. Embriagado, o playboy assume o manto do Vingador Dourado apenas para perceber o quanto a bebida o estava atrapalhando. Porém, com a ajuda da namorada Bethany e do mordomo Jarvis, o herói recuperou as forças para enfrentar o vício e os inimigos.
Claro que os problemas não pararam por aí. Algum tempo depois um outro grande executivo passou a atormentar a vida de Tony Stark. Era Obadiah Stone. Mas isso, bom… Já é uma outra década…
Rascunhado por:Alvaro
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